PÉROLAS:
um macaco é questionado por uma menina se não preferia estar em seu habitat
natural
PORCOS: quem com eles anda, de
farelo se lambuza
Com
sua nova galera, Marilyn, vai para o Zanzi-Bar, uma espécie de cabaré,
restaurante e destilaria ilegal, que parece ter saído de uma pornochanchada underground brasileira com fotografia e
roteiro freak como um vibrador
falocêntrico sobreposto em um tanque de guerra de pilhas, chefiado por Alex, um
sérvio canastrão de meia-idade, e sua ex-exposa, Rita, e lá vive as mais loucas
experiências da sua vida, como ser tida como uma cantora internacional dos EUA,
ser uma garçonete no pirigão, fazer
um ménage desastroso (com os donos do
bar) e logo após um sexo lésbico (vitorioso), além de tomar banho espionando o
belo corpo nu de Montenegro (vendedor do seu cachorro esperto, alimentador de
macacos no zoo e pau para toda obra
no bar) e ter o seu belo corpo espionado pelo mesmo, também.
Montenegro
é uma experiência cinematográfica ultrajante super freak, que a cada quadro não seqüencial que passa, é como uma
onda ilícita, que provoca, assusta e lombra
o espectador, que assimila a mensagem de que o filme vivido por uma dona de
casa é chato (e ela é a que mais pensa assim), graças a uma tradição matrimonial
machista institucionalizada que faz da mulher um objeto do lar, que vive para
ser o braço esquerdo amputado do seu marido e a eterna guia (ou seria melhor
“liga”) de seus filhos. Ainda bem que Dusan vingou sua hereditariedade
matriarcal, fazendo com que uma do-lar (mesmo que de classe média alta) vivesse
como uma rockstar, vendo o pôr do sol ouvindo Faithfull, socorrendo viciados com
facadas na testa, trepando com
um homem chucro (e delicioso), dançando pela night zombie da Europa Oriental, se cansando e depois retornando ao
lar, para fazer com que toda a sua prole (e não prole, um salve ao sogro
militarizado e eterno true blue)
prove uma deliciosa sobremesa, enquanto, de relance, Montenegro apareça em um
quadro-luz, rápido e ácido, para que assim, a vingança seja feliz e calórica.
ESSE PAPEL FOI ENVENENADO
Nenhum comentário:
Postar um comentário